O subdesenvolvimento latino-americano tornou-se pauta de discussões na década de 50. As proposta que surgiram naquele momento tinham como pano de fundo o quadro de miséria e desigualdade social que precisava ser alterado.
A Cepal (Comissão econômica para a
América Latina, criada nessa decada) acreditava que o aprofundamento
industrial e algumas reformas sociais criariam condições econômicas para
acabar com o subdesenvolvimento.
Acreditava também que o
aprofundamento da industrialização inverteria o quadro de pobreza da
população. Uma de suas metas era criar meios de inserir esse contingente
populacional no mercado consumidor. Contrapunha o desenvolvimento ao
subdesenvolvimento e imaginava romper com este último por maio de
industrialização e reformas sociais. Mas não foi isso o que realmente
aconteceu, pois houve um predomínio de grandes grupos econômicos, um
tipo de produção voltado para o atendimento de uma estrita faixa da
população e o uso de máquinas que economizavam mão-de-obra.
De fato, o Brasil conseguiu um maior
grau de industrialização, mas o subdesenvolvimento não acabou, pois esse
processo gerou uma acumulação das riquezas nas mãos da minoria, o que
não resolveu os problemas sociais, e muito menos acabou com a pobreza.
As desigualdades sociais são enormes,
e os custos que a maioria da população tem de pagar são muito altos.
Com isso a concentração da renda tornou-se extremamente perceptível,
bastando apenas conversar com as pessoas nas ruas para nota-la.
Do ponto de vista político esse
processo só favoreceu alguns setores, e não levou em conta os reais
problemas da população brasileira: moradia, educação, saúde, etc. A
pobreza do povo brasileiro aumentou assustadoramente, e a população
pobre tornou-se mais miserável ainda.
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