No mundo em que vivemos percebemos
que os indivíduos são diferentes, estas diferenças se baseiam nos
seguintes aspectos: coisas materiais, raça, sexo, cultura e outros.
Os aspectos mais simples para
constatarmos que os homens são diferentes são: físicos ou sociais.
Constatamos isso em nossa sociedade pois nela existem indivíduos que
vivem em absoluta miséria e outros que vivem em mansões rodeados de
coisas luxuosas e com mesa muito farta todos os dias enquanto outros não
sequer o que comer durante o dia.
Por isso vemos que existe a desigualdade social,
ela assume feições distintas porque é constituída de um conjunto de
elementos econômicos, políticos e culturais próprios de cada sociedade.
Desigualdade social: a pobreza como fracasso
No século XVIII, o capitalismo teve
um grande crescimento, com a ajuda da industrialização, dando origem
assim as relações entre o capital e o trabalho, então o capitalista,
que era o grande patrão, e o trabalhador assalariado passaram a ser os
principais representantes desta organização.
A justificativa encontrada para esta
nova fase foi o liberalismo que se baseava na defesa da propriedade
privada, comércio liberal e igualdade perante a lei. A velha sociedade
medieval estava sendo totalmente transformada, assim o nome de homem
de negócios era exaltado como virtude, e eram-lhe dadas todas as
credenciais uma vez que ele poderia fazer o bem a toda sociedade.
O homem de negócios era louvado ou
seja ele era o máximo, era o sucesso total e citado para todos como
modelo para os demais integrantes da sociedade, a riqueza era mostrada
como seu triunfo pelo seus esforços, diferente do principal fundamento
da desigualdade que era a pobreza que era o fator principal de seu
fracasso pessoal .
Então os pobres deveriam apenas
cuidar dos bens do patrão, maquinas, ferramentas, transportes e outros e
supostamente Deus era testemunha do esforço e da dedicação do
trabalhador ao seu patrão. Diziam que a pobreza se dava pelo seu
fracasso e pela ausência de graça, então o pobre era pobre porque Deus o
quis assim.
O pobre servia única e exclusivamente
para trabalhar para seus patrões e tinham que ganhar somente o básico
para sua sobrevivência, pois eles não podiam melhorar suas condições
pois poderiam não se sujeitar mais ao trabalho para os ricos, a
existência do pobre era defendida pelos ricos, pois os ricos são ricos
as custas dos pobres, ou seja para poderem ficar ricos eles precisam dos
pobres trabalhando para eles, assim conclui-se que os pobres não podiam
deixar de serem pobres.
A desigualdade como produto das relações sociais
Várias teorias apareceram no século
XIX criticando as explicações sobre desigualdade social, entre elas a de
Karl Marx, que desenvolveu um teoria sobre a noção de liberdade e
igualdade do pensamento liberal, essa liberdade baseava-se na liberdade
de comprar e vender. Outra muito criticada também foi a igualdade
jurídica que baseava-se nas necessidades do capitalismo de apresentar
todas as relações como fundadas em normas jurídicas. Como a relação
patrão e empregado tinha que ser feita sobre os princípios do direito, e
outras tantas relações também.
Marx criticava o liberalismo porque
só eram expressos os interesses de uma parte da sociedade e não da
maioria como tinha que ser.
Segundo o próprio Marx a sociedade é
um conjunto de atividades dos homens, ou ações humanas, e essas ações e
que tornam a sociedade possível. Essas ações ajudam a organização
social, e mostra que o homem se relaciona uns com os outros.
Assim Marx considera as desigualdades
sociais como produto de um conjunto de relações pautado na propriedade
como um fato jurídico, e também político. O poder de dominação é que da
origem a essas desigualdades.
As desigualdades se originam dessa
relação contraditória, refletem na apropriação e dominação, dando origem
a um sistema social, neste sistema uma classes produz e a outra domina
tudo, onde esta última domina a primeira dando origem as classes
operárias e burguesas.
As desigualadas são fruto das
relações, sociais, políticas e culturais, mostrando que as desigualdades
não são apenas econômicas mas também culturais, participar de uma
classe significa que você esta em plena atividade social, seja na
escola, seja em casa com a família ou em qualquer outro lugar, e estas
atividades ajudam-lhe a ter um melhor pensamento sobre si mesmo e seus
companheiros.
As classes sociais
As classes sociais mostram as
desigualdades da sociedade capitalista. Cada tipo de organização social
estabelece as desigualdades, de privilégios e de desvantagens entre os
indivíduos.
As desigualdades são vistas como
coisas absolutamente normais, como algo sem relação com produção no
convívio na sociedade, mas analisando atentamente descobrimos que essas
desigualdades para determinados indivíduos são adquiridos socialmente.
As divisões em classes se da na forma que o indivíduo esta situado
economicamente e socio-politicamente em sua sociedade.
Como já vimos no capitalismo, quem
tinham condições para a dominação e a apropriação, eram os ricos, quem
trabalhavam para estes eram os pobres, pois bem esses elementos eram os
principais denominadores de desigualdade social . Essas desigualdades
não eram somente econômicas mas também intelectuais, ou seja o operário
não tinha direito de desenvolver sua capacidade de criação, o seu
intelecto. A dominação da classe superior, os burgueses, capitalistas,
os ricos, sobre a camada social que era a massa, os operários, os
pobres, não era só economica mas também ela se sobrepõe a classe pobre,
ou seja ela não domina só economicamente como politicamente e
socialmente.
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