Observou-se anteriormente que mais de
50% da população ativa brasileira ganha até 2 salários mínimos. Os
índices apontados visam chamar a atenção sobre os indivíduos miseráveis
no Brasil.
Mas não existem somente pobres no
Brasil, pois cerca de 4% da população é muito rica. O que prova a
concentração maciça da renda nas mãos de poucas pessoas.
Além dos elementos já apontados, é
importante destacar que a reprodução do capital, o desenvolvimento de
alguns setores e a pouca organização dos sindicatos para tentar
reivindicar melhores salários, são pontos esclarecedores da geração de
desigualdade social.
Quanto aos bens de consumo duráveis
(carros, geladeiras, televisores, etc), são destinados a uma pequena
parcela da população. A sofisticação desses produtos, prova o quanto o
processo de industrialização beneficiou apenas uma pequena parcela da
poppulação.
Geraldo Muller, no livro Introdução à
economia mundial contemporânea, mostra como a concentração de capital,
combinado com a mmiserabilidade, é responsável pelo surgimento de um
novo bloco econômico, onde estão Brasil, México, Coréia do Sul, Äfrica
do Sul, são os chamados “países subdesenvolvidos industrializados”, em
que ocorre uma boa industrialização e um quadro do enormes problemas
sociais.
O setor informal é outro fator
indicador de condições de reprodução capitalista no Brasil. Os camelôs,
vendedores ambulantes, marreteiros, etc, são trabalhadores que não estão
juridicamente regulamentados, mas que revelam a especificidade e
desigualdade da economia brasileira e de seu desenvolvimento industrial.
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